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Parentalidade nos nossos dias
Parentalidade nos nossos dias

Parentalidade: Causa/Efeito na educação escolar dos filhos

Parentalidade

 


 

Sucesso/insucesso escolar e o afecto

De um modo geral o facto de um aluno repetir um ano, significa que esse aluno não conseguiu atingir uma determinada meta ou um determinado nível de aprendizagem, isto é, a criança não é classificada como tendo adquirido aquele mínimo de aquisições considerado necessário para transitar de ano.
Evidentemente que neste caso, insucesso escolar é equivalente a repetência. Sobre este assunto afirma Pires (1989) "a este simplismo se tem reduzido a ideia de insucesso escolar. Será no entanto assim? A resposta...é negativa. Na verdade a problemática do insucesso escolar é complexa e multiforme".
Não deixam de nos questionar as crianças que, embora atingindo as metas de aprendizagem determinadas pelos programas, manifestam uma atitude de repulsa face à escola ou a qualquer coisa que lhes lembre a situação escolar, ou aqueles que, para se tornarem bons alunos ou para manterem o estatuto de bons alunos, criaram através da experiência escolar, um tipo de personalidade individualista, competitiva e, portanto, a escola foi um meio de cultura da personalidade que, em termos de avaliação humana, resulta em fracasso escolar. Questionável é ainda o sucesso daqueles alunos que, embora com bom rendimento ao nível das metas programáticas, ao saírem da escola e tendo por base a experiência ali realizada, se encontram desenraizados da sua cultura de origem e consequentemente vulneráveis a futuras desadaptações sociais.
Um aspecto a ter em consideração no sucesso escolar, prende-se com a afectividade, a qual tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual, podendo acelerar ou diminuir o ritmo desse desenvolvimento. O desenvolvimento intelectual é considerado como tendo uma componente cognitiva em paralelo com outra afectiva. Estainclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções em geral. O afecto apresenta várias dimensões, incluindo os sentimentos subjectivos como o amor, raiva, depressão e aspectos expressivos como sorrisos, gritos, lágrimas. O afecto desenvolve-se no mesmo sentido que a cognição ou inteligência, sendo responsável pela activação da actividade intelectual. Com as capacidades afectivas e cognitivas expandidas através da contínua construção, a criança torna-se capaz de investir afecto e ter sentimentos validados nela própria. Neste aspecto, a auto-estima mantém uma estreita relação com a motivação ou interesse da criança para a aprendizagem, sendo o afecto o principal elemento da auto-estima. Após o desenvolvimento do vínculo afectivo, a aprendizagem, a motivação e a disciplina como meio para conseguir o auto-controle da criança e seu bem-estar são conquistas significativas. A criança que se sente amada, aceite, valorizada e respeitada, adquire autonomia, confiança e aprende a amar, desenvolvendo um sentimento de auto-valorização e importância. É que, “ só se tem motivação para alguma coisa depois de se sentir a motivação de alguém em relação a si”.Eduardo Sá (1995). A auto-estima é algo que se aprende. Se uma criança tem uma opinião positiva sobre si e sobre os outros, terá maiores condições de aprender. O sentimento de "não sou ninguém" levará a criança a não se esforçar muito, a não ter desejo de aprender, a ficar indiferente diante do êxito ou do fracasso. E esse sentimento pode criar problemas de aprendizagem e de comportamento.
É fundamental que a qualidade de vida para as crianças signifique que, acima de tudo, elas se sentem bem-vindas e aceites pela sociedade, que a sua presença seja reconhecida e tida em consideração, que sejam visíveis, que se sintam parte dessa sociedade, que as suas necessidades sejam respeitadas, e que se sintam amadas e desejadas. Estes pressupostos evitam o seu insucesso escolar mas, sobretudo o seu insucesso na vida.
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Dificuldades em falar de sexo com os filhos
7 Erros a não cometer:

Estas não são as melhores forma de fugir ao problema:


1. Fingir que o sexo não existe, ignorar o tema.

2. Tratar o sexo como algo imoral ou sem importância.

3. Mentir ou responder quando não sabe. Assuma que não sabe a resposta e diga que vai informar-se.

4. Responder algo como «isso não é um assunto para a tua idade» ou «quando fores mais velho vais saber».

5. Mistificar conceitos, sobrevalorizando uns (a virgindade) ou subvalorizando outros (o prazer sexual). Este é outro dos erros a evitar.

6. Tentar forçar o adolescente a falar sobre a sua intimidade. Sugira-lhe ter a conversa com um profissional ou outro adulto de confiança.

 

7. Na Associação para o Planeamento da Família encontra material sobre educação sexual muito útil.


As mensagens essenciais:

- Não há nada de errado em ser virgem.

- Não te deixes forçar ou influenciar pelos amigos.

- A televisão e o cinema tendem a mostrar que o sexo é sempre mágico e maravilhoso mas não é bem assim. Isso só se conquista com maturidade e tempo.

- Na primeira vez também se engravida e se transmitem doenças.

- Usa preservativo.

- Conversa com o teu namorado sobre o tema. Se não conseguirem não estão prontos para ter um relacionamento sexual.

- Fazer sexo implica compromisso e consequências.

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Sendo uma dificuldade constante a educação na actualidade, vamos rever os diferentes tipos de Praticas educativas por parte dos Pais, e suas consequências nos filhos.

Existem quatro tipos de Estilos Parentais:
Autoritários; Democráticos; Permissivos e Negligentes.
A diferença entre estes quatro grupos reside na forma como se exprime a sua autoridade e no grau de afabilidade e tolerância para com os filhos.
Sintese da definição dos Estilos Parentais:
Os Pais Autoritários – Exigentes e não compreensivos.
Os Pais Democráticos – Exigentes e compreensivos.
Os Pais Permissivos – Compreensivos e não exigentes.
Os Pais Negligentes – Não exigentes e não compreensivos.
As suas práticas parentais são fulcrais no desenvolvimento da criança.
Os pais que praticam o estilo autoritário, não fazem permanecer o afecto, reciprocidade e equilíbrio de poder, logo, o desenvolvimento da criança pode estar comprometido. Daqui resulta a submissividade e conformismo dos filhos.
Os Pais estão concentrados em promover nos filhos padrões de comportamento rígidos, no sentido de impedir o desrespeito pela autoridade, aplicando, quando necessário, medidas como a punição física e a privação de privilégios ou ameaças. Estas praticas podem provocar emoções intensas, como a hostilidade, medo e ansiedade, interferindo na capacidade de a criança ajustar o seu comportamento às situações com que é confrontada.
A criança sujeita a esta pratica parental caracteriza-se como:
- submissa;
- dependente e não se empenha na conquista de objectivos;
- Possuem um rendimento escolar moderado;
- comportamento agressivo;
- baixa auto estima;
- alto índice de Depressão.
Os pais que praticam o Estilo Parental Democrático, são pais afectivos, e participativos em relação aos filhos o que influencia a forma como aprendem e se relacionam com os outros, assim como o reportório dos seus comportamentos. São ainda pais tolerantes, também exigentes, ou seja, há uma reciprocidade: os filhos devem responder às exigências dos pais, mas estes também aceitam a responsabilidade e ´exigencias´razoaveis dos filhos.
Encorajam nos filhos autonomia, ouvem as opiniões, mas n hesitam e não descuram o cumprimento das regras.
A criança sujeita a esta pratica parental caracteriza-se como:
- Assertivos;
- Maturidade;
- Responsabilidade social;
- Conduta independente e empreendedora;
- Alto índice de competência psicológica e baixo indicie de disfunção comportamental e psicológica.

Os pais que praticam o estilo parental permissivo, são compreensivos, tolerantes e afectuosos. Utilizam pouco a punição e evitam sempre que possível o exercício da autoridade ou a imposição de regras e restrições. Não conseguem estabelecer limites, permitindo comportamentos desadequados causadores de problemas. Não exigem um comportamento equilibrado.
Estas crianças não têm regras, não têm limites e desconhecem a maturidade.

Os pais que praticam o estilo parental Negligente, não são nem afectivos nem exigentes nem compreensivos. Tendem a manter os seus filhos à distância, respondendo somente às suas necessidades básicas. Estes pais estão centrados somente em si próprios.
Pela ausência de orientação, estas crianças vão viver em função da manipulação do mundo exterior (por parte da criança), pois foi assim a que foram sujeitas no seu dia a dia.